terça-feira, 13 de abril de 2010

Relacionamento aberto. Você concorda?

Que nenhum homem separe

Neste texto veremos a união do casamento em si. Ela é apenas uma parceria entre duas pessoas que vivem no mesmo local? É meramente um contrato análogo a tantos outros contratos que conhecemos?
Estamos começando a descobrir que o casamento não é um contrato; não é apenas uma parceria. É uma união – uma união que tem como conseqüência para as pessoas a fusão em um único ser. A Bíblia usa a seguinte linguagem: “Eles já não são dois, mas uma só carne.” (Mateus 19:6). A intensidade e realidade desta fusão é descrita em 1 Coríntios 7:3-5:
“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.”
Nesta afirmação Deus estabelece o princípio de que quem se casa passa a viver na maior intimidade possível com o cônjuge. Sues corpos pertencem um ao outro. Exceto por atividade espiritual, eles não devem negar seus corpos um ao outro. Não há nenhum outro relacionamento físico no mudo como este. Eles devem viver como um só corpo porque Deus ordenou que eles fossem uma só carne.
Deus enfatiza que esta união não é feita pelo homem mas por Deus (Marcos 10:9). Isto se refere apenas a casamentos cristãos sob a autoridade da Igreja? Se isto for verdade, então todos os casamentos não-cristãos não são casamentos. São apenas um homem e uma mulher vivendo juntos num relacionamento adúltero.
Deus fala de todo casamento da raça humana. Sabemos que Deus tem em vista todos os casamentos através da história do mundo porque Marcos 10:6-8 nos fala de nossos antepassados que foram criados para serem marido e mulher. Marcos 10:6-8:
“E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais pois idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituíamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil.”
Quando duas pessoas são unidas num casamento e consumam este relacionamento na cama, esta é uma união feita por Deus. Isto é de fato uma verdade notável. É difícil encontrar outra experiência física humana sobre a qual podemos dizer conclusivamente: “Esta é uma ação de Deus.”
Mesmo o casamento que foi consumado como forma de se rebelar contra Deus é ainda um casamento que Deus torna indissolúvel. Isso não faz com que Deus seja culpado do pecado, pois Ele não pode pecar. Ao invés disso, em acordo com Seus propósitos divinos, Deus utiliza os desejos pecaminosos do homem.
Por exemplo, Deus permitiu que os irmãos de José cometessem o crime de vender seu irmão caçula como escravo, para que depois, José , como primeiro ministro do Egito, fosse capaz de salvá-los da fome. Do mesmo modo, Deus pode utilizar um casamento pecaminosamente consumado para Seus propósitos. Deus nos diz que a partir do momento em que o casamento é consumado, a união é feita pela ação de Deus.
Por esta razão, Deus fala da esposa que está ligada ao marido (Romanos 7:2; 1 Coríntios 7:39). Se a esposa é amarrada ao marido, então logicamente o marido é ligado à esposa. Anteriormente em nossos estudos, dissemos que a palavra “ligado”, usada por Deus nestes versículos, significa “acorrentado” ou “amarrado”. Lembremos que Deus declarou que apenas Ele poderia desfazer a união do casamento. Ele faz isso através da morte de um dos cônjuges.

O casamento não pode ser rompido pelo homem

Advogados que encorajam cônjuges em conflito a tentar uma separação provisória estão violando a Palavra de Deus. O divórcio, que está muito em voga atualmente, é uma terrível violação da Bíblia. Em vez de encorajar a separação, a Bíblia insiste que os corpos dos que estão casados se pertencem (1 Coríntios 7:3?5). Não importa quão mal está indo o casamento, este princípio deve ser observado. É doloroso quando temos de tratar disso nós mesmos.
Deus ressalta a importância do casamento em Marcos 10:11-12:
“E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.”
Em Romanos 7:2-3:
“Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera, se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for doutro marido.”


O matrimônio não é uma conveniência social inventada pela humanidade para preencher uma necessidade ou condição temporárias, e, portanto, para ser revisado ou abandonado conforme os caprichos de qualquer homem, ou grupo de homens. O matrimônio foi instituído pelo Deus Altíssimo e a sua relação para com a raça humana é tal que não pode modificar, nem a parte considerada mais insignificante, sem graves conseqüências.
O ideal divino de casamento é claramente um vínculo longo que une marido e mulher em um relacionamento em que ambos tornam-se “uma só carne” (Gn 2.24; Mt 19.5). A união matrimonial é uma condição santa fundada por Deus e que não deve ser dissolvida pela vontade do homem (Mt 19.6). O rompimento desse vínculo desagrada a Deus e propõe uma ameaça séria à ordem social: “Portanto, cuidai de vós mesmos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Porque o Senhor, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes” Ml 2.15,16).
Nesse texto, Jesus se volta com franqueza para o assunto essencial: a causa do divórcio é a dureza do coração. Por trás de todo casamento desfeito existe um coração obstinado em relação a Deus, depois obstinado em relação ao companheiro dessa pessoa. Desde o início, a intenção de Deus em relação ao casamento era que durasse a vida toda. Sendo assim, os crentes deveriam tomar o cuidado de escolher um companheiro eterno (ver 2 Co 6.14). Entretanto nenhum casamento será livre de diferenças e dificuldades a ponto de não terminar em divórcio se o marido e a esposa foram enganados a seguir suas inclinações naturais. O diabo exagerará nas falhas e deslizes de seu companheiro, semeará a suspeita e o ciúme, terá prazer com sua autocomiseração, insistirá em dizer que você merece algo melhor e insistirá na promessa vazia de que você estaria melhor com outra pessoa. Mas escute as palavras de Deus e lembre-se: Deus pode mudar os corações e extrair toda a resistência se você permitir.
Pr. João da Cruz Parente

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